Quando o assunto é eletricidade, muitos condomínios se esquecem das atividades preventivas nesse sistema, uma falha que pode trazer grandes consequências, como, oscilação de energia, queima de componentes e até mesmo focos de incêndio.
Há um número alarmante de incêndios em edificações. Estima-se que este tipo de ocorrência esteja em torno de um terço (1/3) de todos os chamados registrados.
Segundo dados estatísticos do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, há em média 6 mil casos de incêndios por ano em edificações. E parte desses incêndios tem como princípio o sistema elétrico.
Composição técnica de uma edificação
Independentemente da finalidade do prédio (residencial, comercial, escola, shopping, galpão, etc.), todos têm a mesma estrutura técnica, obviamente que variam as proporções e capacidades conforme a aplicação, mas no geral são todas iguais.
Há o sistema hidráulico, com abastecimento de água de consumo, águas de descarte, tubulações, poços, reservatórios, cisternas, assim por diante;
Tem a parte civil, com as estruturas, fechamentos, acabamentos;
E o sistema elétrico, composto basicamente por entrada de energia, quadros e pontos de consumo.
De todos esses sistemas, o elétrico é o mais esquecido. Parte por desconhecimento, parte por medo/receio dos gestores prediais.
E o que é entrada de energia?
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a energia elétrica em uma edificação não passa direto da concessionária para a tomada.
Até que ela chegue aos pontos de consumo, tomadas, chuveiros, luminárias, ela percorre um longo percurso. E o primeiro ponto de contato dela com o condomínio, é justamente pela Entrada de Energia, todo prédio tem no mínimo uma. A maioria dos gestores prediais não realizavam essas manutenções por desconhecimento e/ou medo. Se você também faz parte desse grupo, é hora de virar o jogo e elevar o nível da sua manutenção. Como visto, os riscos envolvidos são muito grandes.
A função básica da Manutenção Predial é garantir a saúde, segurança e conforto dos usuários. Se um sistema não é devidamente cuidado, algum desses pontos – ou mais de um – é colocado em xeque.
O que devo fazer? Qual o primeiro passo?
O primeiro ponto é entender como é composto o seu prédio. Se ele é abastecido por média ou baixa tensão. Essa é uma etapa importante do processo, porque vai ditar qual especificidade de empresa você precisará contratar.
Valores de média tensão (superior a 1 kV e inferior a 69 kV) – Nos condomínios, as entradas de média tensão mais comuns são: 13,8 kV e 34,5 kV, que muitos eletricistas falam 13.8 (treze ponto oito) e 34,5 (trinta e quatro e meio), respectivamente;
Valores de Baixa Tensão (igual ou inferior a 1 kV) – Nos condomínios as entradas de baixa tensão mais comuns são: 220V e 380V.
Posto isso, o próximo passo é listar os componentes existentes na sua edificação.
Em um prédio abastecido por média tensão, a entrada de energia é composta da seguinte maneira: Cabine primária, Transformador, Subestação, QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão).
Todos esses pontos precisam ser contemplados no plano e passar por manutenção preventiva.
Já em um prédio abastecido em baixa tensão temos: Subestação e QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão).
Viu só? A quantidade de equipamentos é diferente, o que fatalmente implicará no valor do serviço e na caracterização da empresa prestadora.
Depois que já sabe exatamente como é o seu prédio e como ele é composto, entre no site da concessionária para saber como faz para solicitar o desligamento programado.
Isso mesmo, para fazer a manutenção preventiva na entrada de energia é imprescindível que ela esteja desenergizada.
Com tudo isso em mãos, empresa contratada, desligamento programado; comunique os usuários do prédio sobre a interrupção do fornecimento de energia, e mãos à obra.
Não se esqueça: Manutenção Predial é coisa séria.
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